08/04/2010

ALGUMAS SOLTAS DE FERNÃO CAPELO GAIVOTA


Era ainda (+) miúdo, quando as páginas de A História de FERNÃO CAPELO GAIVOTA (de Richard Bach), entretinham-me os pensamentos e motivavam-me incógnitas.

Hoje, não sei porquê, busquei o passado e rebusquei algumas soltas de FERNÃO CAPELO GAIVOTA.

Perdoem-me a intromissão e deixem-me partilhá-las:


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Francisco Coutinho Gaivota era bastante novo, mas já sabia que nunca um pássaro fora tratado com tanta aspereza por nenhum bando ou com tanta injustiça.
"Não importa o que digam", pensava com violência, o olhar toldado, enquanto voava em direcção aos Penhascos Longínquos. "Voar tem muito mais valor do que esvoaçar de um lado para o outro! Um ... um ... um mosquito faz isso! Um pequeno 'barrel roll' à volta da gaivota mais velha, só por brincadeira, e eis-me banido! São cegos? Não vêem? Não percebem a glória que será quando aprendermos a voar realmente?
"Não me importa o que pensem. Vou-lhes mostrar o que é voar! Serei um puro fora-da-lei, se é isso que desejam. E vou fazê-los lamentar tanto ..."
A voz surgiu dentro da sua cabeça e, embora fosse muito suave, sobressaltou-o de tal maneira que vacilou e quase despencou.
"Não seja duro com eles, Francisco Gaivota. Ao expulsarem-no, as outras gaivotas só fizeram mal a si próprias, e um dia vão sabê-lo, e um dia verão o que você vê. Perdoe-lhes e ajude-as a compreender."
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Transcrito sem autorização da Editorial Nordica Ltda.

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