17/03/2011

Angola’s ruling MPLA obstructing independent reporting / Em Angola, MPLA está obstruindo reportagens independentes

COMMITTEE TO PROTECT JOURNALISTS
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Mohamed Keita mkeita@cpj.org
Angola’s ruling MPLA obstructing independent reporting

New York, March 16, 2011—Angola’s ruling MPLA government must allow the press to freely cover public events, the Committee to Protect Journalists said today after a number of recent incidents in which authorities barred journalists from covering public events related to the country’s opposition party.

On Tuesday, police officers and clerks at Angola’s National Assembly arbitrarily denied reporters access to a public hearing of the chamber’s Ethics Committee, according to local journalists. The committee was hearing testimony from Abilio Kamala Numa, the secretary-general of the main opposition party UNITA, who faces accusations of instigating civil disobedience over his February hunger strike to protest what he called the MPLA’s abuse of human rights and political freedom. Numa’s hunger strike was sparked by the arrest of a UNITA militant in central Huambo province, according to news reports.

Police and clerks threatened and assaulted reporter Agostinho Gayeta from Catholic station Rádio Ecclesia, throwing him out of the chamber, the station reported in a broadcast of a recording of the confrontation. His equipment was briefly seized, according to news reports.

On February 27, state security officials prevented two other Rádio Ecclesia reporters, Zenina Volola and Matilde Vanda, from covering the opening of a congress of the Angolan Women’s Organization (OMA), the women’s wing of the MPLA, according to local journalists. Volala was denied access to the chamber and Vanda denied interviews, according to Teixeira Candido, spokesman of the Syndicate of Angolan journalists.

“Angola’s ruling MPLA-led government is crudely attempting to silence coverage of an opposition movement,” said CPJ’s Africa Advocacy Coordinator Mohamed Keita. “We call on authorities to adhere to the Angolan constitution, which guarantees citizens’ access to diverse sources of information, not just ruling-party propaganda.”

On March 7, security forces in the capital, Luanda, briefly detained three journalists and a driver for the private weekly Novo Jornal who were covering an anti-government demonstration in the city’s Independence Square, according to news reports and local journalists. Police detained reporters Pedro Cardoso and Ana Margoso, photojournalist Afonso Francisco, and driver Dálio Pandé for 10 hours, interrogating them about their links to demonstrators, and let them go without charge, the journalists later told CPJ. Margoso told U.S.-government-funded broadcaster Voice of America she was forced to clean the police cell and was interrogated three times.

On March 5, state security agents raided the printing press and blocked the distribution of that day’s editions of independent weeklies Folha 8, Agora, and Jornal Angolense, which had headlines about the protest scheduled for March 7, according to local journalists.

 http://www.cpj.org/2011/03/angolas-ruling-mpla-obstructing-independent-report.php


CPJ is a New York–based, independent, nonprofit organization that works to safeguard press freedom worldwide. For more information, visit http://www.cpj.org/.

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Em Angola, MPLA está obstruindo reportagens independentes
Nova York, 16 de março de 2011--O partido governante de Angola, MPLA, deve permitir que a imprensa cubra livremente eventos públicos, disse hoje o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) depois de vários incidentes recentes nos quais as autoridades impediram jornalistas de cobrirem eventos públicos relacionados ao partido de oposição do país.
Na terça-feira, policiais e funcionários da Assembleia Nacional de Angola negaram arbitrariamente a repórteres o acesso a uma audiência pública no gabinete do Comitê de Ética, de acordo com jornalistas locais. O comitê estava ouvindo o testemunho de Abilio Kamala Numa, secretário-geral do maior partido de oposição, UNITA, que enfrenta acusações de incitamento à desobediência civil por sua greve de fome em fevereiro em protesto contra o que ele chamou de abuso contra os direitos humanos e liberdade política pelo MPLA. A greve de fome de Numa foi desencadeada pela prisão de um militante da UNITA na província central de Huambo, segundo informações da imprensa.
Policiais e funcionários ameaçaram e agrediram o repórter Agostinho Gyeta da estação de rádio católica Ecclesia, jogando-o para fora do gabinete, informou a estação em uma transmissão da gravação do confronto. Seus equipamentos foram brevemente confiscados, de acordo com reportagens da imprensa.
Em 27 de fevereiro, oficiais de segurança do Estado impediram dois outros repórteres da Rádio Ecclesia, Zenina Volola e Matilde Vanda, de cobrirem a abertura do congresso da Organização das Mulheres Angolanas (OMA), a ala feminina do MPLA, segundo jornalistas locais. Volola teve negado o acesso ao gabinete e Vanda não pôde realizar entrevistas, de acordo com Teixeira Candido, porta-voz do Sindicato dos Jornalistas angolanos.
"O governo de Angola liderado pelo MPLA está tentando rudemente silenciar a cobertura do movimento de oposição", disse o Coordenador para a Defesa dos Jornalistas na África, Mohamed Keita. "Pedimos às autoridades que cumpram a Constituição angolana, que garante o acesso dos cidadãos a diversas fontes de informação, não apenas à propaganda do partido no poder."
Em 7 de março, forças de segurança da capital, Luanda, detiveram brevemente três jornalistas e um motorista do jornal semanal Novo Jornal que estavam cobrindo uma manifestação contra o governo na Praça Independence, de acordo com reportagens da imprensa e jornalistas locais. A polícia deteve os repórteres Pedro Cardoso e Ana Margoso, o fotojornalista Afonso Francisco, e o motorista Dálio Pandé por 10 horas, interrogando-os sobre suas ligações com os manifestantes e libertando-os sem acusações, contaram os jornalistas ao CPJ. Margoso disse à emissora financiada pelo governo norte-americano Voice of America que ela foi forçada a limpar a cela da delegacia e interrogada três vezes.
Em 5 de março, agentes de segurança invadiram a gráfica e impediram a distribuição da edição daquele dia dos semanários independentes Folha 8, Agora, e Jornal Angolense, que traziam manchetes sobre protestos marcados para 7 de março, de acordo com jornalistas locais.
http://www.cpj.org/pt/2011/03/em-angola-mpla-esta-obstruindo-reportagens-indepen.php

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